segunda-feira, 14 de junho de 2010

A Corte Portuguesa no Brasil



Em janeiro de 1808 o príncipe regente D. João e a corte portuguesa chegaram ao Brasil fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte que invadiram Portugal. Em conseqüência da chegada da família real portuguesa ao Brasil, já no dia 28 de janeiro de 1808, os portos do Brasil foram abertos às nações amigas. As mudanças não pararam por ai, e D. João autoriza a criação da primeira faculdade de medicina, no dia 01 de abril ele revoga o decreto que proibia o estabelecimento de fábricas e manufaturas de ouro, prata e tecidos. Em seguida, Dom João, cria a imprensa nacional, uma fábrica de pólvora e funda o Banco do Brasil, com objetivo de financiar novos empreendimentos e a compra de máquinas e equipamentos.

No dia 16 de dezembro de 1815 o Brasil deixa de ser colônia, assumindo a designação oficial de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, passando a categoria de Corte e capital do reino. No mesmo ano, com a morte de D. Maria, o príncipe regente D. João é corado rei.

Com a Revolução Constitucionalista de 1820, ocorrida na cidade do Porto, as cortes portuguesas exigem o retorno de D. João VI para Portugal, que ao embarcar no dia 16 de abril de 1821 deixa seu filho Pedro de Alcântara como príncipe regente do Brasil.

As cortes portuguesas criaram três projetos que reconduziam o Brasil de volta ao colonialismo, retrocedendo desta forma com as medidas de emancipação política implantadas por D. João VI quando da sua estadia no Brasil. Com a declaração de D. Pedro, no dia 09 de janeiro de 1822 de que permaneceria no Brasil, inicia-se informalmente a independência do Brasil.

Porém a separação definitiva ocorreu no dia 07 de setembro de 1822, quando D. Pedro irritado com as exigências das cortes portuguesas, dentre elas, do seu retorno imediato para Portugal, proclama às margem do riacho Ipiranga, em São Paulo, a Independência do Brasil.

No dia 12 de outubro de 1822, D. Pedro e aclamado imperador e no dia 01 de dezembro do mesmo ano ele é coroado pelo bispo do Rio de Janeiro como Imperador do Brasil, recebendo o título de D. Pedro I.

Os Estados Unidos foram o primeiro país a reconhecer oficialmente a independência do Brasil. As negociações com outros países não foram fáceis, pois a adoção do governo monárquico com tendências absolutistas de D. Pedro I, gerou algumas resistências por parte dos países latinos e também por parte dos países europeus que não aceitavam de bom grado a independência de nenhuma de suas colônias. Porém com a intermediação da Inglaterra, o Brasil obtém o reconhecimento internacional da sua independência, inclusive por parte de Portugal, que somente reconheceu o Brasil como nação independente no ano de 1825, após receber a indenização no valor de dois milhões de libras esterlinas.

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