terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Homem, sociedade e cultura


Até o século XIX era opinião comum entre os estudiosos que a espécie humana havia surgido na face da Terra há poucos milhares de anos. Considerava-se para tal, que Deus criara o homem pouco tempo antes do início da História, ou seja, aproximadamente 5 mil anos, através dos documentos escritos dos sumérios e egípcios.

Através de numerosas e exaustivas escavações, os arqueólogos e os paleontólogos estabeleceram que a Terra foi colonizada pelo Homo Sapiens e que todas as pessoas tem raízes ancestrais na chamada “Eva Africana” ou “Eva Mitocondrial” cuja existência presume-se ser de 150 mil anos atrás. Esse nome advém do fato do DNA mitocondrial ter sido passado pela mãe para os seus descendentes em todas as gerações.

Logo, sabemos que a África foi o ponto de partida e, que todo ser humano atual é descendente de um pequeno grupo de homens modernos que deixando o continente africano, por volta de 60 mil anos atrás passaram a se espalhar e a explorar o nosso planeta.

Apesar de ainda viverem como caçadores-coletores, alguns desses grupos começaram, há aproximadamente 12 mil anos atrás, a dominar os recursos alimentares através da agricultura. Esses grupos perceberam que sementes germinavam quando eram jogadas na terra. Segundo o historiador Edward M. Burns, não se pode determinar com exatidão onde se originou a agricultura e, que as gramíneas bravas, prováveis antepassados dos cereais, foram encontradas em numerosos lugares.

Foi grande a transformação operada nas condições humanas pelo surto da agricultura, afirma H. G. Wells: “antes da agricultura, o homem era um errante animal de preia que usava instrumentos, um animal selvagem e relativamente raro sobre a superfície da terra. Vivia em pequenos grupos e suas únicas posses eram os objetos que conduzia”.

Depois que as plantas passaram à tutela do homem e a produção cresceu, parte do excedente obtido passou a ser usado na alimentação dos animais. A agricultura e a criação de animais contribuíram para o surgimento de pequenos agrupamentos de caçadores-coletores que acabaram por originar as primeiras comunidades agrárias de habitações feitas de tijolos de que se tem conhecimento.

É bem verdade que as primeiras vilas agrícolas constituíam-se de caóticos amontoados de casas de tijolos de barro, separadas por estreitos espaços entre elas, porém o inicio da atividade agrícola provocou a reorganização do que podemos classificar como as primeiras sociedades. Esses assentamentos permanentes e os novos estilos de vida contribuíram para o estabelecimento das primeiras comunidades sedentárias e o início da religião e do culto.

O barro onipresente das planícies aluviais do sul da Mesopotâmia foi o material com que se construiu a primeira civilização do mundo. Era moldado em blocos retangulares de tamanho uniforme, não era usado apenas na construção de casas e muros, com o barro molhado e cozido produziam-se utensílios para cozinhar e armazenar alimentos e, as figurinhas de argila, encontradas pelos arqueólogos, de seres humanos e animais, representavam as imagens que os primeiros escultores tinham do mundo ao seu redor.

Visto ser o homem um ser social, este procurou constituir um lar onde pudesse contar com o apoio necessário para sobreviver. Portanto, uma das mais antigas e importantes instituições humanas é a família.

Com a constituição da família e o consequente surgimento de novas mãos para o trabalho agrícola surgiu a necessidade de se fabricar potes para armazenar os excedentes produzidos. O artesanato de potes e vasilhas, em grande parte, era obra das mulheres. Além da cerâmica, a fabricação de tecidos, usando-se o linho, a lã e o algodão eram de iniciativa do sexo feminino. Para os homens competiam as tarefas de caçar, pescar, cuidar dos rebanhos, confeccionar ferramentas e armas e preparar os campos para o cultivo.

O trabalho era realizado coletivamente tanto homens como por mulheres, porém a mulher tinha um papel de extrema importância para a sobrevivência da comunidade: ela era responsável pelo nascimento de novos membros que fariam aumentar o número de habitantes.

Por volta de 4000 aC, a vida nas aldeias estava fortemente consolidada no sudoeste e no leste da Ásia. Comunidades agrícolas se ampliaram e se organizaram. Na medida em que as aldeias cresciam e se tornavam mais complexas, eram estabelecidas novas formas de comunicação entre os membros da comunidade e os de outras regiões.

Existem grandes variedades de culturas humanas, cada uma com a sua forma de organização que lhe é peculiar. Em comparação com as eventuais alterações biológicas do homem, na sua história, as culturas assumem formas variadas e se alteram com grande rapidez. As culturas se diversificam, enriquecem, acumulam e tornam-se complexas, assim como também podem se extinguirem ou serem extintas.

Um comentário:

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