sábado, 31 de dezembro de 2011

Nazismo e Neonazismo



O mundo jamais poderia acreditar que a ascensão de um cabo do exército alemão, ferido três vezes durante a Primeira Guerra Mundial, simpatizante do nacional-socialismo e anti-bolchevista ferrenho reergueria o orgulho da poderosa Alemanha, humilhada pela derrota, abatida pelo desemprego e por uma mega-inflação, este homem era Adolf Hitler, austríaco de origem germânica, corredor/mensageiro do 16º regimento de infantaria da Bavária, condecorado duas vezes com a Cruz de Ferro como herói de guerra.

A derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial pôs fim ao governo imperial alemão, que foi substituído pela República de Weimar. Reunidos em Versalhes, os países vitoriosos, Inglaterra e França, impõem duras penas aos alemães. A reação do povo alemão ao Tratado de Versalhes foi de revolta, havendo inúmeros protestos por toda a nação germânica.

Com a sua economia debilitada, após a derrota na Grande Guerra, a Alemanha passava por momentos de crise e por momentos de estabilidade, que se refletiam também na política. Muito endividada, com seu orgulho nacional ferido e com a taxa de desemprego elevadíssima, surgem na Alemanha movimentos políticos que visavam chegar ao poder.

Em 1929, com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, a nação alemã passa a viver uma grande depressão econômica e política. O governo perde a sua já desgastada credibilidade devido ao aumento nas taxas de desemprego e neste contexto, a violência dos grupos para-militares aumentou. Aproveitando-se desta situação, os nazistas, em seus discursos, atribuem a culpa pela crise, aos especuladores judeus e aos comunistas.

Além disso, em seus discursos, Hitler afirmava que os germânicos ou arianos eram uma raça pura e superiores as demais raças, e que por esse motivo deveriam dominá-las. Ele e seus seguidores do partido nazista estimulavam a revolta do povo alemão ao Tratado de Versalhes, a crise econômica, a elevada taxa de desemprego, o anti-semitismo, o medo de uma tomada do poder pelos comunistas e a necessidade de um espaço vital para o desenvolvimento da Alemanha.
Com esse discurso Hitler chega ao poder em 30 de janeiro de 1933, nomeado pelo presidente Hindenburg chanceler da República de Weimar. O Partido Nacional Socialista (Nazista), através de Adolf Hitler chega desta maneira ao poder máximo da Alemanha.

Avançando no tempo, vemos que o ódio aos judeus, ciganos, eslavos e comunistas, dentre outros, perseguidos e mortos pelos nazistas na primeira metade do século XX, continua ainda nos dias de hoje, através dos adeptos do neonazismo.

Não dependendo diretamente da existência de partidos políticos, o nazismo continua vivo através da existência de vários grupos neonazistas. Através da globalização, o fantasma que assombrou a Europa se dissemina por todo mundo, inclusive no Brasil.

No contexto atual, a diferença existente entre os grupos neonazista e os nazistas alemães do século passado, está na política, visto que os grupos existentes hoje em dia não possuem projetos políticos e apenas difundem preconceitos, ao contrário dos seus antecessores que lutavam pela reconstrução de uma nova Alemanha, humilhada pelo Tratado de Versalhes e mergulhada em sérios problemas sócio-econômicos.

Dos vários grupos neonazistas existentes, falaremos sobre os Skinheads, também conhecidos como “cabeças raspadas”. Nostálgicos do III Reich alemão, eles são adeptos de uma violência radical. Eles prosperaram na Europa inteira e em outras partes do mundo, menosprezando as legislações nacionais muitas vezes impotentes.

Os Skinheads surgiram em Londres no final dos anos de 1960, na sua maioria os integrantes deste grupo eram filhos de operários que se opunham aos hippies. Porém este movimento viu-se confiscado nos anos de 1970 por extremistas de tendência radical violenta e racista, que passam a vestir-se com roupas militares estampando, sem o menor constrangimento, insígnias nazistas.

Atribuindo a imigração, a recessão e ao desemprego, assim como a degradação do nível de vida dos europeus, ao surgimento de antigos preconceitos étnicos e raciais, nos anos 1980, movimentos autoritários e conservadores, denominados “neonazistas” manifestam-se violentamente contra os estrangeiros.

No Brasil o movimento neonazista surgiu por volta de 1983-84 e ficaram conhecidos como “Carecas”. Considerados xenófobos de extrema direita, propagam a discriminação contra os judeus, trabalhadores nordestinos, negros e homossexuais, afirmando serem essas sub-raças que devem ser exterminadas. Esses neonazistas brasileiros pregam uma limpeza étnica que jamais será possível ser feita num país como o nosso, formado que é pela mistura de povos europeus, africanos, indígenas e asiáticos.

No final dos anos 80 surge no Brasil, mais precisamente na cidade de São Paulo e no sul do país, o movimento dos Skinheads, assim como também surge o movimento denominado “White Power”. Em 2004, um estudo realizado pela Universidade de São Paulo e publicado na Revista Babel, classificou os skinheads como o maior grupo neonazista do Brasil.


Um comentário:

  1. Quando se trata deste assunto o conteúdo é sempre vago ou incompleto. Como aqui.
    NAZISMO - substantivo masculino (ou seja, que evidencia a substância, a essência, a ideologia).
    NAZI (de onde vem o substantivo), abreviação para Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães ou Nationalsozialistische Deutsche Arbeiterpartei, em alemão (omitiu-se em se tratar de partido dos trabalhadores).
    NEONAZISMO - não é um movimento político e sim social (como os Black Blocs). Mas alguns historiadores, jornalistas e outros da área de humanas, insistem em trata-lo como político, inclusive sendo de direita. Algumas das manifestações destes movimentos (neonazistas e black blocs), são faxadas para movimentos maiores, de fundo político, sempre de esquerda e financiados por estes. São usados para espalhar ideologias subversivas, terror, confrontos raciais e sociais - tipo assim: a situação saiu fora do controle dos objetivos do partido, põe os caras nas ruas que é pra bagunçar tudo.

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