domingo, 29 de agosto de 2010

Revolução dos Cravos


Tudo começa em 25 de abril de 1974 às três horas da manhã, quando as ondas da radio oficial portuguesa despertam e, de repente, transmitem palavras e música de uma canção proibida pelo governo: “Grândola, terra morena, terra da fraternidade...” Em três horas 200 oficiais se apoderam do aeroporto de Lisboa, da rádio, dos edifícios oficiais. Depois exilam no Brasil o presidente Américo Tomás, o primeiro ministro Marcelo Caetano, e uma dúzia dos seus assessores ou amigos. Quase não há tiros. Quase não há sangue. Tudo é maravilhoso, simples, pacífico. Sob as aclamações e o olhar benevolente das tropas que têm um cravo nas armas, Lisboa passa às mãos de uma junta de 14 oficiais e 5 civis.


Um grande vento sacode a Europa, depois o mundo. O entusiasmo está no auge. Os portugueses passa, de repente, de um regime antiquado, austero, policial, colonialista, à “democracia”. Democracia tão liberal, unânime, e coerente na sua diversidade, que o exilado socialista Mario Soares chega em 48 horas de avião, depois de uma parada em Londres; Álvaro Cunhal, chefe do PC português, exilado há 12 anos em Moscou e Praga, chega em 36 horas mas tarde em avião especial e que um e outro abraçam Antônio Spínola, os oficiais e os civis presentes.


Todos prometem eleições livres e democráticas que entregarão o poder ao povo, antes de um ano. Não há mais censura na imprensa. Qualquer um pode tomar a palavra nas praças, nos estádios, nas rádios. Pura maravilha, este regime ao mesmo tempo nacional e socialista, militar e civil, misturando católicos, progressistas, comunistas, homens de negócio, economistas.


História Secreta das Organizações Terroristas. Otto Pierre Editores. 1979. Págs. 315 e 316.



sábado, 7 de agosto de 2010

Fotos da Primeira Guerra Mundial



Existem conflitos armados, de maior ou menor extensão, historiadores do passado chamaram, muitas vezes, "Guerras Mundiais". Esta designação cabe, no entanto, com mais propriedade aos intensos conflitos que tiveram origem na Europa, em 1914 (Primeira Guerra Mundial) e em 1939 (Segunda Guerra Mundial), e que levaram à luta contingentes de todas as raças, em todos os continentes.

Na primeira dessas grandes guerras mais de sessenta milhões de homens foram postos em armas. Cerca de dez milhões de combatentes foram mortos nos campos de batalha, e vinte e um milhões, feridos. Da população total do globo, apenas 8% permaneceram neutros.